Dei uma pausa e agora retornei para falar dos resultados das eleições aqui em Araripina.
Tudo estava preparado para a grande vitória que fora antecipada por uma militância que não tinha sido avisada dos reais prognósticos das disputas ao cargo de deputado estadual na Região do Araripe e aqui em Araripina. Ou eles já sabiam?
Nós já tínhamos feito esse balanço e publicado em artigo, mas o que devia ser motivo de preocupação para aqueles que coordenavam a campanha da primeira dama na região, virou festa no sábado dia 04 de outubro (véspera da eleição), com a caminhada dita como a maior de Araripina.
A caminhada realizada na quinta-feira dia 02, pela candidata opositora ao grupo da situação, foi motivo de chacota nas redes sociais, tachada como o encerramento de uma campanha dos derrotados em que os termos de baixo calão de maneira desrespeitosa e incivilizados acirraram a disputa.
Os profetas políticos da cidade avaliaram o quadro sempre favorável à candidata do PSB, previsão que para o articulista deste, era quase certeza. Mas o fiz devido ao grande movimento em prol da candidata no Município, o que era improvável de se concretizar no restante do Araripe. Virou então fato.
Os sabe-tudo sem bom senso (que se comportam como neófitos), sem visão do que realmente é democracia republicana, civilidade, direito ao voto livre, os que se dizem formadores de opinião, mas que respeitam apenas a sua própria, ainda tiveram o disparate e o impulso arrebatado de atitude irrefletida, de afirmar que o voto contrário ao candidato do PSB ao governo do Estado (o que prova subserviência aos ditames do falecido Eduardo Campos) é voto de alienado.
Estaremos sempre na obrigação de agradecer as obras esporádicas e que sempre são trazidas para o nosso sertão em fim de mandato, como se não fosse de responsabilidade desses, assim como pavimentar ruas, construir postos de saúde e outras obras não fosse da alçada do prefeito. Isso meus caros, são benefícios revertidos com a contribuição sacrificados de quatro meses de impostos que pagamos durante o ano.
Temos o direito de votar em quem achamos por bem merecer nosso voto. Isso é liberdade individual.
Todas as dúvidas foram tiradas nas urnas de forma democrática e sem alienação. O eleitor merece respeito e provou sem dúvida como transformar essa festa chamada democracia, num verdadeiro exercício de cidadania.
Quem perde, gosta mesmo é de fazer estardalhaço.
Tentar se iludir com fatos irreais, prognósticos falsos, não demonstra na prática (como provou as urnas) o real desejo do povo. Tentaram de toda maneira afirmar o improvável, que de tanto ser repetido acabou sendo aceito como verdade inquestionável (factoide), e que transformou em pesadelo o resultado final.
Uma lição pode ser tirada de um resultado jamais visto na História política de Araripina: a quebra do velho estigma de que quem estar no poder pode tudo, e foi provado que não se corrompe a todos, sempre sobram alguns que foram primordiais para a inversão de papéis num novo desenho político que se avizinha.
Bom, o povo não é soberano?
A sua vontade não tem que ser respeitada?
A médica Socorro Pimentel (PSL), é nossa deputada estadual referendada nas urnas e que irá representar a Região do Araripe com todas as dificuldades de quem faz oposição neste país. Paulo Câmara (PSB) é o nosso governador eleito democraticamente e mesmo que os seus aliados tenha o desejo que ele passe com o rolo compressor sobre os que não votaram nele, terá que governar para todos os pernambucanos.
Isso seria insanidade política, ditadura, cabresto e se pensam assim os “esquizofrênicos políticos”, difícil entender o que é ser democracia.
Lotear os cargos entre aliados, os adversários já sabem que é praxe. Então para quê fazer terrorismo se na prática já é assim, normal.
Uma deputada estadual do Araripe que fará parte da bancada de oposição na ALEPE e um governador que terá maioria na casa pode ser uma distorção enorme, mas com certeza os problemas dos pernambucanos serão debatidos e decididos com a firmeza de que não seremos mais separados entre a zona do mar e do sertão.
Sorte para todos.
“O poder de poucos, nem sempre prevalece sobre a força dos muitos”
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